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Saiba quais cuidados alimentares os pacientes renais devem ter no inverno

Com cautela, é possível aproveitar o melhor do inverno de maneira segura

Créditos: freepik

As baixas temperaturas do inverno, iniciado em 21 de junho, são convidativas para o consumo de alimentos mais saborosos e, consequentemente, calóricos. Afinal, à medida que o frio aumenta, o corpo pede por comidas mais quentes, proporcionando o seu aquecimento, conforto e bem-estar.

Os pacientes renais não só podem como devem aproveitar o melhor da estação, porém, com certos cuidados. Com o intuito de orientá-los sobre a alimentação durante esse período, trouxemos algumas dicas da Laila Santos, Nutricionista da Fresenius Vila Mariana. Confira!

Dê preferência aos alimentos in natura ou minimamente processados

Segundo a especialista, no inverno, as pessoas se interessam menos por saladas e vegetais. Isso acontece porque as refeições mais quentes costumam provocar uma sensação maior de prazer, principalmente, diante do frio intenso. Desse modo, dar preferência aos alimentos in natura, como legumes e verduras cozidos e frutas em temperatura ambiente, é uma forma de manter hábitos saudáveis.

Laila ainda sugeriu alguns pratos que alinham sabor, calor e saúde:

  • Brócolis cozido e refogado com azeite e alho;
  • Legumes assados no forno com azeite e temperos naturais;
  • Abobrinha ou berinjela gratinada com um pouco de molho de tomate e queijo;
  • Abobrinha recheada com carne moída, lentilha ou ricota.

Mas, lembre-se das orientações de preparo em relação ao cuidado com o potássio, conforme recomendado pela sua equipe de nutrição e/ou de saúde.

“Sempre que possível, priorize o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias, como arroz, feijão, legumes, verduras, frutas, castanhas, carnes, ovos, leite, macarronada, tortas e bolos caseiros”, explica.

Pontos de atenção em relação ao consumo de sopas

É impossível pensar no inverno e não lembrar das sopas, elas são as estrelas culinárias da estação. Para os pacientes renais, é importante  reforçar que o alimento é líquido e, portanto, precisa ser considerado no consumo total do dia. Ou seja, não há a necessidade de excluí-la, mas é fundamental estar atento para evitar o acúmulo excessivo de líquido entre as sessões de diálise, o que pode causar inchaço, aumento da pressão arterial, água no pulmão, falta de ar, cansaço e problemas no coração.

Como manter a hidratação?

A hidratação adequada é essencial ao funcionamento do corpo em qualquer estação do ano. De acordo com a nutricionista, a recomendação em relação à ingestão de líquidos para os pacientes renais é diferente, e depende do tratamento que está sendo realizado.

Aos que não possuem a necessidade de diálise, sem sinais de retenção de líquido e que não foram orientados pelo médico a realizar algum tipo de restrição, a recomendação é a mesma utilizada para a população em geral – ingestão de água em quantidade suficiente para manter o corpo bem hidratado, ou seja, cerca de 2 litros por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por outro lado, os pacientes em tratamento de diálise requerem atenção. A fim de evitar o acúmulo de líquido em excesso no corpo entre as sessões, é importante manter o controle sobre a ingestão. No inverno, assim como em qualquer outra estação do ano, esse cuidado é um aspecto fundamental no tratamento.

"Nos dias frios, caso a pessoa aumente o consumo de alimentos como leite, chá, sopa e café, essa mudança precisa ser contabilizada e avaliada dentro da ingestão diária de líquidos. Ajustes podem ser necessários para que os limites fiquem dentro do recomendado", destaca.

Laila ainda afirmou que uma forma simples de avaliar se a ingestão de líquidos está adequada é observar se o ganho de peso (líquido), entre as sessões de diálise, está dentro do intervalo esperado e orientado pela equipe de saúde.

Em caso de dúvidas, busque sempre um profissional de saúde de confiança.

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