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Nefrologista esclarece as principais dúvidas pesquisadas na internet sobre os rins

Confira o bate-papo com a nefrologista Lecticia Jorge

Créditos: divulgação

Os rins são essenciais para o funcionamento do corpo humano. Por terem esse papel de destaque no organismo, tais órgãos requerem cuidados específicos e geram dúvidas entre as pessoas. Muitas vão para o ambiente on-line visando buscar informações. Para esclarecer os principais questionamentos, convidamos a Dra. Lecticia Jorge, Gerente Médica Corporativa da Fresenius, para um bate-papo sobre saúde renal. Confira. Lembre-se de sempre consultar um profissional da área.

Qual é a função do rim?

Os rins possuem diversas funções, dentre elas, a principal é filtrar o sangue, permitindo a retirada de substâncias tóxicas geradas pelo metabolismo corporal, que são excretadas na urina, como por exemplo, a ureia. Eles também proporcionam o controle hídrico e eletrolítico no corpo, evitando o acúmulo de água, a desidratação e distúrbios dos eletrólitos no sangue. Além disso, os rins produzem alguns hormônios, como a eritropoetina, que estimula a formação das células vermelhas do sangue e evitam a anemia, a vitamina D ativa, responsável pela absorção de cálcio e por garantir a saúde dos ossos, e a renina, que participa ativamente do controle da pressão arterial.

Como identificar o mau funcionamento dos rins?

A taxa normal de filtração glomerular em adultos jovens é em torno de 90-100 ml/min de sangue filtrado nos rins. Porém, é importante notar: após 30 anos existe um declínio de 1ml/min/ano, assim, espera-se que pacientes idosos tenham, naturalmente, uma filtração glomerular mais baixa.

Consideramos doença renal crônica quando a pessoa apresenta filtração < 60ml/min. O principal marcador utilizado para avaliação dessa filtração é a creatinina e estimamos essa taxa por fórmulas ou dosando uma urina de 24h.

Doença renal tem cura?

Depende. A doença renal é ampla, assim, é preciso avaliar a existência de causas reversíveis ou não reversíveis. A doença renal crônica, que é marcada pelo declínio da função dos rins por mais de três meses, não possui cura, mas, hoje, com tratamento, é possível desacelerar a progressão de forma muito significativa usando medicações adequadas, controle da pressão e dieta. Nos últimos anos, novos medicamentos, como os inibidores de SGLT2, foram incorporados ao arsenal terapêutico, garantindo uma redução ainda mais importante na velocidade da progressão. Logo, é fundamental entender que, embora sem a cura, existe muito a se fazer ainda.

Qual é o médico especialista dos rins?

O especialista em tratar doenças dos rins é o Nefrologista. Existem muitas condições capazes de afetar os rins e as áreas de atuação são diversas para esses profissionais. Dentro do consultório, tais médicos acompanham pacientes com hipertensão arterial e investigam as causas da doença renal crônica, que são muitas. Entre elas, é possível citar: a nefropatia diabética, a doença renal policística, o lúpus e condições, muitas vezes, específicas do rim como a nefropatia da IgA, entre outras.

Além do diagnóstico, os Nefrologistas tratam a doença renal crônica visando retardar a sua progressão e, também, acompanham quadros de distúrbios dos eletrólitos. Fora isso, eles investigam questões metabólicas que causam problemas nos rins.

Para pacientes com uma falência renal avançada que necessitam de substituição da função, esses médicos indicam e prescrevem as terapias de substituição renal como hemodiálise e diálise peritoneal. Eles também acompanham a parte clínica das pessoas transplantadas ajustando, inclusive, os remédios para evitar rejeição.

Já no ambiente hospitalar, os médicos Nefrologistas trabalham assistindo pacientes internados com problemas renais ou aqueles que desenvolvem a injúria renal aguda.

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