As doenças cardiovasculares e a Doença renal crônica têm uma relação direta: uma representa condição de risco para a outra. Por isso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta para a necessidade de uma abordagem multidisciplinar junto aos pacientes em tratamento da doença renal crônica. A Dra. Rita Barreto, Diretora Médica e Responsável Técnica do Instituto de Nefrologia e Diálise (INED), afirma que os problemas associados ao funcionamento do coração são a principal causa de mortalidade entre os pacientes renais crônicos.
“Nessas condições, é preciso ter atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus, principais causas de doença renal crônica no mundo”, explica. Segundo a SBC, um estudo, realizado nos Estados Unidos, apontou que o paciente em tratamento renal tem até 16 vezes mais risco de desenvolver alguma questão cardíaca.
Fatores de risco para as doenças cardiovasculares
A especialista chama a atenção para fatores de risco importantes para o surgimento das doenças cardiovasculares: dislipidemia, que é o nível elevado de gordura no sangue; obesidade; sedentarismo; e tabagismo, além dos já citados hipertensão arterial e diabetes mellitus.
De acordo com a SBC, outro aspecto a ser considerado é que o paciente renal crônico, muitas vezes, retém uma série de toxinas que interferem microbiota intestinal. Isso favorece a atividade inflamatória que, por sua vez, sobrecarrega a atividade do coração.
Abordagem multidisciplinar
A abordagem multidisciplinar é essencial para garantir uma avaliação completa do paciente em tratamento renal crônico. Por isso, a Dra. Rita Barreto destaca que o trabalho em conjunto de nefrologistas, cardiologistas, endocrinologistas e nutricionistas é necessário para identificar condições pré-existentes e definir as melhores opções para o controle das comorbidades e evitar o desenvolvimento das doenças cardiovasculares.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia cita como pontos fundamentais para o acompanhamento desses pacientes a mudança do estilo de vida, levando em consideração os hábitos alimentares; a atividade física; uma rotina de sono satisfatória; e o respeito às orientações médicas. Dessa forma, como a Dra. Rita preconiza que é possível proporcionar mais qualidade de vida para o paciente.
O INED oferece a abordagem multidisciplinar há anos e, além de médicos nefrologistas, dispõe de especialistas nas áreas de endocrinologia, cardiologia e nutrição. Clique aqui e confira mais informações.