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Dia Mundial do Rim: combate à doença renal começa com a prevenção

Acesso ao tratamento e medidas de prevenção são pautas do Dia Mundial do Rim

Maria Eugenia Canziani, Consultora Médica da Fresenius / Créditos: divulgação

Neste mês, a comunidade nefrológica se mobiliza em prol do Dia Mundial do Rim. A campanha, apoiada pela Fresenius e promovida pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), tem como mote “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”, em 2023.

Patrícia Abreu, Preceptora na residência médica em Nefrologia da Unifesp e Diretora Tesoureira da SBN, explica a motivação da escolha pelo tema: “As pessoas com  doença renal estão em uma situação de emergência por causa das suas necessidades de cuidados contínuos e coordenados, que, frequentemente, devem permanecer por toda a vida. Diante desse contexto, neste ano, o objetivo da iniciativa é conscientizar sobre os eventos desastrosos, naturais ou provocados pelo homem, e os seus impactos nos pacientes renais, no seu acesso aos serviços de diagnóstico apropriados e no tratamento”.

Toda a sociedade, incluindo a indústria, precisa estar preparada para eventos inesperados visando minimizar uma possível ruptura nos cuidados renais, como aponta a especialista:

Governantes - Devem prever planos de preparação para emergências no manejo e na detecção das doenças crônicas, além de favorecer a prevenção dessas condições;

Gestores - Necessitam adotar estratégias integradas de saúde que priorizem a prevenção, detecção precoce e o tratamento das doenças crônicas, envolvendo a doença renal crônica (DRC);

Serviços de saúde - Precisam prover acesso com equidade e garantir o tratamento aos pacientes em tempos de emergência;

Pacientes – Devem se preparar da melhor forma possível para emergências, com kit composto por comida, água, medicamentos e registros médicos.

Um em cada dez brasileiros têm doença renal crônica

Segundo a SBN, a DRC é muito comum e acomete um em cada dez brasileiros. Por isso, as medidas de prevenção são sempre a melhor escolha quando o assunto é a saúde dos rins. Veja as orientações da nefrologista Maria Eugenia Canziani, Consultora Médica da Fresenius.

Para avaliar a saúde renal, a creatinina sérica e a pesquisa de albumina ou sangue na urina são os mais importantes. O ultrassom e a tomografia analisam o rim a as vias urinárias e, também, são indicadas. Os exames de creatinina e albuminúria são obrigatórios na rotina de qualquer investigação clínica, pelo menos, uma vez ao ano. Já pacientes com diabetes e/ou hipertensão arterial devem ser observados com maior frequência, pois têm o risco aumentado de desenvolverem a insuficiência renal”. 

Apesar de ser considerada uma condição silenciosa, o corpo apresenta alguns sinais em virtude da DRC, explica a especialista: “Geralmente, nas primeiras fases, a doença renal é assintomática. No entanto, com a sua evolução, os sintomas mais frequentemente vistos são hipertensão arterial, fraqueza associada à anemia e edema dos membros inferiores. Nas etapas mais avançadas, podem ocorrer manifestações gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia, além de dispneia (falta de ar), distúrbios neurológicos, entre outros”.

Em caso de dúvidas, busque sempre a orientação de um médico de confiança.