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Médica da Fresenius faz mamografia e descobre predisposição ao câncer de mama

A vida corrida da nefrologista Dra. Joana Freitas não a impediu de separar um tempo para fazer os seus exames de rotina e verificar como estava a sua saúde. Ela é coordenadora da Clínica de Doenças Renais (CDR) Botafogo e coordenadora do Programa da Experiência do Paciente da Fresenius Medical Care América Latina. A sua função profissional exige muita dedicação e responsabilidade, sem contar as suas atividades pessoais, porém seus compromissos diários não foram empecilho para agendar as suas consultas e exames preventivos necessários para avaliar a saúde.

Em uma consulta ginecológica foi solicitada a mamografia, exame considerado padrão ouro na detecção do câncer de mama. O resultado revelou uma alteração nas mamas e uma predisposição  para a doença. A partir deste momento, a Dra. Joana recebeu acompanhamento médico especializado e após um período relativamente longo, refez a mamografia, revelando uma nova alteração no local. O mastologista e cirurgião oncológico, Dr. Carlos Frederico de Lima passou a acompanhá-la para iniciar o tratamento mais indicado para o seu caso. Em seguida, a paciente passou por uma mamotomia, o procedimento foi uma biópsia e constatou uma lesão benigna, com características pré-malignas e um risco aumentado para câncer de mama a médio prazo. O diagnóstico fez com que a nefrologista da Fresenius tomasse uma importante decisão: Cirurgia de Redução de Risco.

De acordo com o Dr. Carlos Frederico existem algumas alternativas de tratamento para quem constata essa predisposição. Depois de muito diálogo entre médico e paciente, Joana optou pela mastectomia bilateral (remoção do tecido mamário dos seios) com reconstrução mamária. “Tinha outras opções de tratamento, mas optei pela cirurgia. Não foi uma decisão fácil, foi um assunto muito bem pensado e discutido com o meu médico e minha família”, reconheceu.

Para o Dr. Carlos Frederico “acirurgia de redução de risco de câncer de mama é uma exceção. O que almejo é o diagnóstico precoce”. O procedimento cirúrgico reduz cerca de 90% a chance de câncer de mama. “Mas, é importante manter um acompanhamento do paciente submetido a cirurgia redutora de risco”, alerta.

Prevenção é o caminho

O Outubro Rosa faz parte de uma campanha mundial para conscientizar as mulheres a adotar medidas preventivas, reduzindo o índice de mortes pelo câncer de mama, tipo de tumor mais comum nas mulheres. O Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a partir dos 50 anos de idade.

“A principal arma contra o câncer de mama é a prevenção ou a detecção precoce”, enfatiza o mastologista. É importante frisar que a Dra. Joana não tinha nenhum sintoma, e mesmo assim, fez os exames preventivos. Para ele, a motivação de sua paciente em fazer a mamografia é exemplar e deveria ser a atitude de todas as mulheres com indicação de realizar o procedimento. 

De acordo com o especialista, cerca de 90% dos cânceres de mama não têm característica hereditária, isto é, mesmo que você não tenha ninguém com o histórico da doença na sua família adote medidas preventivas, através de um estilo de vida saudável e realização de exames periodicamente. O mastologista enfatiza o uso do álcool como fator central no desenvolvimento do câncer. A Sociedade Brasileira de Mastologia reforça a importância da alimentação saudável e atividades físicas. “Essas medidas reduzem em 30% a chance da enfermidade na população geral”, afirma o Dr. Carlos Frederico.

A ‘falta de tempo’ não pode ser usada como desculpa para deixar de fazer a mamografia, nem mesmo a falta de recursos financeiros, já que o poder público disponibiliza o exame gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Que a iniciativa da Dra. Joana em ir ao médico e realizar os exames preventivos possa servir de exemplo para muitas mulheres, só assim, vamos diminuir as vítimas de câncer de mama no Brasil e no mundo.